Em 1988, Yve-Alain Bois escreve um ensaio luminoso como uma tira de luz num quadro de Newman*. Diz sobre Onement I que esse quadro, tal como todos os que Newman pintara anteriormente, "trata do mito da origem, mas pela primeira vez conta o mito no tempo presente. E este tempo presente não é o da narrativa histórica, mas sim uma tentativa de se dirigir directamente ao espectador, imediatamente, como um "Eu" a um "Tu", e sem a distância da terceira pessoa, que caracteriza a ficção. Dessa maneira é que Onement I cumpre aquele que Newman ditou como propósito da sua obra, o de conferir ao observador um 'sentido do lugar'."
Barnett Newman dissera-o assim, numa entrevista à rádio, em Agosto de 1972: "Uma coisa em que me vejo envolvido nisto da pintura é que o quadro deve dar ao homem um sentido do lugar: que ele saiba que está ali, que se aperceba de si. [...] frente ao meu quadro, o observador sabe que está ali."
*"as a glow brings out a haze, in the likeness of one of these misty halos that sometimes are made visible by the spectral illumination of moonshine", escreveu Conrad.