sábado, 1 de abril de 2006

Ao cuidado do Alexandre Dias Pinto

Ao Mr D. (dantes só aqui e agora aqui), cujos elogios e curiosidade, deseducadamente, deixei sem resposta: não, Alexandre, a peça não está publicada. Talvez convença o João Tátá a fazê-la sair, se se encontrar alguma editora interessada naquele jogo que nos levou a cruzar linhas sobre leituras esquecidas. Pensámos na coisa há uns dois anos quando, numa viagem de carro, lhe li o conto/ensaio de Patrick Süskind "Amnesia in Litteris" (que saiu num volumezinho da Fnac de Bolso, creio). A partir daí, como não queríamos fazer exactamente uma adaptação do texto, criámos três actos dramáticos. O trabalho de escrita foi, principalmente, dele. O meu consistiu acima de tudo em dispor as frases, imaginar a sintaxe das palavras e dos recortes que ali convergiram. Para mim, o melhor, no entanto, continua a ser, enquanto a peça está em cena (a próxima vez será dia 29 de Abril, hei-de confirmar aqui o local, mas parece-me que será de novo na Casa da Cultura de Loulé), notar o efeito das amnésias e das memórias na representação de um texto cujo tema é precisamente o que se lembra e o que se esquece.