quinta-feira, 22 de junho de 2006

Os Dragões não Conhecem o Paraíso

Laio entrou no gabinete. Trazia na mão um livro magro, de lombada esfacelada e pálido. Entregou-o ao Reboliço: "Toma, foi a Mulher que pediu que to entregasse." Nessa noite, Caio Fernando Abreu foi um bom motivo de insónia. É um escritor "do bem" - o Reboliço pensa que isso se deve à maneira como a sua prosa se oferece, pede para ser repetida, relida, entranhada. Parece ser de quem lê, não do escritor. Não sabe explicar melhor. Não quer explicar melhor.