quarta-feira, 16 de agosto de 2006

Onde assentam as vigas

Sábado passado, o Reboliço foi a Monchique. Ver as duas vigas novas que irão suportar o sobrado do piso intermédio. Cada uma mede mais de cinco metros e pesa para cima de uma tonelada. Jeitosinhas...
A serra deixou-o meio mole, do calor e da humidade. Passou o fim-de-semana todo na ronha.
Segunda de manhã, pela fresca, ainda antes de chegarem os homens, girou na fechadura da porta vermelha a grande chave de ferro e subiu o primeiro lanço de escadas. Queria ver, uma vez mais antes de desaparecerem sob os extremos das vigas, a argamassa e outras pedras mais pequenas, os quartos de mós onde assentarão os dois barrotes gigantes de eucalipto. Descobrira aquilo logo na sexta-feira, quando foi dar a volta a ver como paravam as obras. Por baixo de duas das quatro janelas do piso intermédio, uma em frente da outra, descarnara-se a alvenaria para extrair a madeira já muito apodrecida de duas das vigas (as outras duas, mais curtas e distantes do centro do piso, são antigos mastros de outros moinhos, de pau-ferro; ou seja, há-de ser cedo que apodreçam...). Sem madeira, pedras nem os restos de argamassa, pôde ver a lisura de quatro quartos de mós, dois por cada janela ou extremo das vigas, um a sustentar cada extremo das vigas. Há-de vir foto, para esclarecer.
Os trabalhos no moinho prosseguem, as vigas novas foram assentadas hoje, mas o relato virá mais tarde.