quinta-feira, 19 de outubro de 2006

Schrader

O ensaio de Paul Schrader na Film Comment é magnífico. Belo, estranho, de sólida união entre forma e tema, conhecedor da tradição em que se insere, passível de ser relido e re-avaliado, um convite ao compromisso do leitor e com um fundo moral que não recusa. Cumpre os sete requisitos, que enuncia, para integrar um cânone do ensaísmo. Nos lugares cimeiros.
Imagino que não seja aconselhável afirmar todas estas qualidades assim, à primeira leitura. Sou uma leitora impaciente, sobretudo quando o que leio mexe muito comigo.
(O texto da capa, sobre Marie Antoinette, não é mau; mas o tom, ao contrário do que afirma o autor, Nathan Lee, é condescendente.)