em que, ao pisar-se, o espaço se subleva
e calça devagar a diferença
desde a profunda cicatriz da treva.
Encontra. E, quando fosforece o impacto,
ajusta-se nos músculos a alterna
experiência que comove o acto
de iluminar-se sucessiva a perna.
Mas sucessiva de função estreada
em cada ponto de penumbra que usa
esclarecer a rapidez da estrada
na alheação a que essa perna induza.
E, de repente, a branca rapidez
nasce da luz solícita dos pés.
(Poema sem título: Fernando Echevarría, Uso de Penumbra, 1995.)