terça-feira, 30 de novembro de 2010

Oh...

O Reboliço vai sentado num autocarro siciliano. Espreita por cima do ombro da senhora da frente, que lê o jornal, e vê, ao alto, a fotografia de um homem grande, de óculos redondos e barba branca cortada rente. É o adeus a Mario Monicelli, que se suicidou - um homem velho e doente que se lançou de uma janela. Livre, pensa o Reboliço. Indomesticável pelas paredes de um hospital, pelos muros de uma igreja, por lágrimas num funeral.