domingo, 21 de novembro de 2010

Pedaços de gente

O Reboliço anda arisco. Chega, toca, foge, raspa-se, bole, pouco descansa, num rebuliço que o deixa tonto. Mas, quando passa no largo da Sé, acalma-se com o silêncio e antecipa a visão que na praça a seguir se estende, de cima a baixo, pela parede do Museu Regional: grande, bonita, a mão do Otelo aponta uma pedra, uma das muitas que ele apanha nas areias das praias, entre os galhos das florestas, na beira das estradas onde mora.

(Foto do cartaz da exposição "Algarve Visionário Excêntrico Utópico": Cunhadão, que também anda por ali, depois de ter andado por outro lado.)