contando à sua roda os lugares vagos.
Tinha desaparecido o vento.
Nas margens via os juncos crescer e
as sagitárias.
No ar a roda dos pinheiros bicos-cruzados
cinzentos.
No mar cardumes de sardas brilham
à passagem das ondas.
Na falésia vê uma cobra e não conseguiu
matá-la.
O campo
distribui-se por prados e bosques.
Os dias passam tal como o ano passado.
(João Miguel Fernandes Jorge, Actus Tragicus, Lisboa, Presença, colecção Forma, 1979, p. 22)