segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Le néphélibate bureaucrate (1A)

O Reboliço está triangulado. Metido entre Marquês, Camões e Camilo, estonteia-se para se orientar. O primeiro estica-se todo, no pedestalto, sem ver quase nada do que se imaginaria que visse. O rio, Sebastião?, daí o vês? A relva do parque, rapaz, sim? Baixasses a cabeça um pouco, o que verias seriam estas gentes, se-não-entro-na-faixa-certa-desgraçado. Camilo, discreto, ignoram-no: fizeram um passadiço pelo meio do jardim (o jardim), que o deixa de costas para quem passa a pé. Vês os automóveis, Camilo? E os fumadores do restaurante? A capa, Camilo, a capa. Protege-te. Camões escondeu-se. Vive no átrio de mármore, atrás dos elevadores, ouve as conversas dos técnicos desta vida. O telefone tem mau contacto, Camões. É um fiozinho, um fiozinho.