quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Moinhos na poesia (47)

O bom do Zeca Esparteiro,
Não tendo visto um moinho,
Não quis saber do moleiro,
Aproximou-se sózinho.

Como o Zeca é uma besta,
Chega-se demais e então,
Leva com um búzio na testa,
Dá com a testa no chão.

Diz o Zeca p'ró moinho:
"Se voltas a fazer o mesmo,
Deixo-te ao vento sózinho,
Bem podes moer a esmo!"

Diz o moinho p'ro Zeca:
"Ouve bem, Zeca Esparteiro
Ouve bem e, com a breca!
Presta atenção ao moleiro!"
(Quadras populares do Cão do Vizinho António.
Contemporâneo contributo e avisado aviso.)