quarta-feira, 19 de julho de 2017

Gleba

O Diogo Amorim, jovem com pouco mais de duas dezenas de anos de vida, mas com uma vida tão cheia como um valente saco de farinha, idealizou e montou a GLEBA, uma padaria que pretende, nas suas palavras, "produzir o melhor pão, de forma natural e a partir dos melhores cereais portugueses" e "trazer de volta o pão que os nossos avós comiam" - em sentido figurativo, afigura-se ao Reboliço. Preocupa-o (ao Diogo) reduzir a pegada ecológica (para, no pensar do Reboliço, ficar pequenina como as patinhas de um cachorro), devolver sabor ao pão que andamos a comer e que, tantas vezes, chamando-se "de Mafra" ou "das Fontes Ferrenhas", é amassado com cereal vindo de lugares distantes, de estepes ou estufas, assim. Só vende em Lisboa, ali para a Estrela, é pena, mas é compreensível. Se a moda pegar, outros diogos surgirão, que pontuem o país com lojas destas, pequenas e de nome e alma tão grande.

Lembrou-se o Reboliço da Gleba em conversa com o amigo Ricardo Álvaro, que, anda, anda, ainda alinhava uns versos ao propósito.