De cada vez que saio do trabalho para casa, ou na volta contrária, dou pelos cheiros. Normalmente é a sair do campus. Penso, nessas alturas, que deveria escrever sobre os cheiros. Mas raramente o faço: quando escrevo, esqueço-me disso e já só me lembro na vez seguinte. Saio do gabinete, passo o corredor, saio do edifício e entro nos cheiros: o pinheiro, o rosmaninho, às vezes a maresia. Na cidade, a relva acabada de cortar. Quando chovia, a terra molhada.