quarta-feira, 14 de setembro de 2005

Mark Rothko

Está aqui, fotografado por Hans Namuth nos idos de 64. Sentado numa cama, olha para baixo, para o fósforo aceso que encosta à ponta do cigarro. Na outra mão, assente sobre a coxa do lado para onde o corpo descai ligeiramente, segura a pequena carteira de fósforos. A coberta da cama tem, na extremidade onde Rothko se senta, sete listas de cores diferentes (ou serão mais, que esconde com o seu corpo). É um quadro seu: uma cor quase única, riscada ao largo com interferências rectas, de onde sai, assim corpórea, a massa do humano que o criou.