sábado, 21 de janeiro de 2006

Às vezes, Rilke assusta-me

Sem Cessar

SEM CESSAR, ainda que conheçamos a paisagem do amor
e o pequeno cemitério com seus nomes plangentes
e o desfiladeiro que tremendamente cala os que nele
caem: sem cessar saimos dois a dois
passamos sob as antigas árvores, deitamo-nos sem cessar
entre as flores, frente ao céu.

(em Rainer Maria Rilke: Guia Bibliográfico Multilingue - Com uma breve antologia poética, org. e trad. de Maria Teresa Dias Furtado, Edições Cosmos e Livraria Arco-Íris, Lisboa, 1996)