Entrevista, longa e lúcida, de Maria João Seixas, a António M. Feijó. Na Pública de hoje. Só um bocadinho, o que mais me ficou a ecoar:
“Num outro poema [Wordsworth] fala de um campo de narcisos a dançarem ao vento, que suscita, de modo simpático, uma dança no seu coração de observador. Hoje, nem em jogos florais, se ainda existem, isto soaria estranho, mas há dois séculos os contemporâneos de Wordsworth viram na desmesurada repercussão de um acontecimento trivial no íntimo do autor um sinal de demência. O interessante é perceber por que seria uma trivialidade tida por sintomática de demência. Se conseguirmos perceber porquê, estamos a raspar a fuligem que nos torna ininteligível a maioria a natureza maior do acontecimento que esses versos marcam.”