domingo, 25 de junho de 2006

Caio Fernando Abreu (insiste)

Por vezes, o Reboliço entusiasma-se a citar autores de que gosta. Como no final de cada post, aparece, teimosa, a linha ESCRITO PELO REBOLIÇO, às vezes pode haver confusão. Porém, como desde o início teve esse cuidado, o Reboliço é muito zeloso de atribuir o seu a seu autor. Não significa que não quisesse, o Reboliço, ter escrito todas as palavras que cita. Mas não poderia, não poderia. Não caberiam todas na sua vida só, e ainda bem. Estas, por exemplo, são de Caio Fernando Abreu (é infeccioso, sim, e muito citado também):
“Então, que seja doce. Repito todas as manhãs, ao abrir as janelas para deixar entrar o sol ou o cinza dos dias, bem assim: que seja doce. quando há sol, e esse sol bate na minha cara amassada do sono ou da insônia, contemplando as partículas de poeira soltas no ar, feito um pequeno universo, repito sete vezes para dar sorte: que seja doce que seja doce que seja doce e assim por diante. Mas, se alguém me perguntasse o que deverá ser doce, talvez não saiba responder: Tudo é tão vago como se fosse nada.” (Os Dragões Não Conhecem o Paraíso, Companhia das Letras, 1988, p. 148.)