quinta-feira, 13 de julho de 2006

Ao Goldmundo, ao Laio e a outros mais do Teatro

Na Les Inrockuptibles da semana passada (numa página, a 25, com a data "gralhada" de 4 de Agosto :D), leio um artigo de opinião de Frédéric Martel, jornalista e escritor especializado em estudos teatrais. Chama-se "Comment Mickey a mis le pied sur le théâtre américain" (qualquer coisa como "A história da invasão do teatro americano pelo rato Mickey"). É um artigo breve, de duas colunas, que reflecte sobre a "disneyficação" do teatro comercial, associada ao declínio do teatro americano e que, avisa Martel, pode indiciar um semelhante descalabro no teatro francês. Retenho daquelas linhas duas questões, não por serem as mais relevantes, mas por traduzirem problemas que têm vindo a ser discutidos não só nos estudos teatrais mas, por exemplo, e não apenas marginalmente, em debates sobre os actuais públicos do cinema:
1) "Haverá ainda lugar para o teatro, na era dos écrans gigantes dos jogos de vídeo e dos infinitamente pequenos dos iPods?"
2) "Como se poderá seduzir os jovens e as minorias [a irem ao teatro] quando os actores brancos interpretam no palco textos de autores mortos?"