quarta-feira, 24 de setembro de 2008

4L

Esta manhã, fiz grande parte da viagem de casa ao trabalho (não foi bem grande parte, foi assim a partezinha final, os últimos 2 de uns 7 quilómetros, mas foi a maior parte da viagem) atrás de uma 4L branquinha - a matrícula começava por JV, por isso devia ter um bom par de anos em cima. Bem tratada, ia conduzida por uma senhora com ar estrangeiro, com o ar contente de quem também conhecia a estrada por onde ia, corria com ligeireza e, o que me deixou um sorriso nos lábios, tem umas linhas (não só de traseiro, entenda-se, mas de lado e de frente, para onde olhei ao ultrapassar) muito bonitas. Nenhum pasmo: desde que me conheço que conheço as 4L; o meu pai guiava uma do serviço e, ultimamente, tem sido o carro de eleição do Otelo. O que me apanhou mesmo foi olhar para os outros carros que iam na estrada e pensar "E se vivêssemos em tudo como vivemos hoje mas o desenho destes carros (de alguns, como esta, a Dyane, o Boca de Sapo, o Carocha, o Morris 1300) não tivesse mudado?"

(ADENDA: O Otelo prefere outra imagem para ilustrar a 4L, e tem razão. Se fosse foto dele, fiaria aqui; assim, sigam o link. É a bichinha vista de frente.)