É um problema, isto de tirar dos livros, nos romances "modernos," as marcas de diálogo. Lionel Shriver escreveu sobre o assunto no Wall Street Journal de há uns dias e mostrou exemplos de escritores já grandinhos (José Saramago, claro, é um deles). O mais curioso vem de um livro de Susanna Moore (jamais lu):
(O comentário de outra escritora, adepta das antigas aspas, é que sim senhor, por vezes é preciso algum silenciamento das emoções e isso pode ser feito apagando as aspas, como se elas fossem sinal de vozearia - atenção, estou a usar discurso indirecto livre, o que me dispensa de usar as virgoletas. Mas as frases de cima são, nesse caso, estranhas. A mim, com franqueza, chateia-me aquele nome, LizAnn. LizAnn agora... não lembra ao Diabo.)
Is this what you're like with LizAnn? I heard myself scream.
(O comentário de outra escritora, adepta das antigas aspas, é que sim senhor, por vezes é preciso algum silenciamento das emoções e isso pode ser feito apagando as aspas, como se elas fossem sinal de vozearia - atenção, estou a usar discurso indirecto livre, o que me dispensa de usar as virgoletas. Mas as frases de cima são, nesse caso, estranhas. A mim, com franqueza, chateia-me aquele nome, LizAnn. LizAnn agora... não lembra ao Diabo.)