...."No Crátilo de Platão, [...] Sócrates recorre várias vezes ao contraste [entre convenção e semelhança natural]. 'Poderia um quadro [...] ser feito à semelhança de qualquer coisa natural se não existissem os pigmentos a partir dos quais ele se compõe, que por natureza seriam como os objectos que a arte do pintor imita? Não seria isso impossível?'
....'Impossível,' ressoa a vítima. É um daqueles momentos nos diálogos platónicos em que apetece ter estado lá para dar um empurrão em quem fala. 'Ó Sócrates,' diria eu, 'não aprendeste escultura?' 'Pois foi,' responderia ele. 'E achavas que a pedra que usavas era parecida com os objectos que imitavas?' 'Não era muito parecida, by the dog.'"
....'Impossível,' ressoa a vítima. É um daqueles momentos nos diálogos platónicos em que apetece ter estado lá para dar um empurrão em quem fala. 'Ó Sócrates,' diria eu, 'não aprendeste escultura?' 'Pois foi,' responderia ele. 'E achavas que a pedra que usavas era parecida com os objectos que imitavas?' 'Não era muito parecida, by the dog.'"
A Study in the psychology of pictorial representation, 1956,
Sixth Impression 1988, Oxford, Phaidon Press, p. 305)
Sixth Impression 1988, Oxford, Phaidon Press, p. 305)