Mein Flügel ist zum Schwung bereit,
ich kehrte gern zurück,
denn blieb ich auch lebendige Zeit,
ich hätte wenig Glück.
Sem olhar para ninguém;
Fui enviado do céu,
Homem descido de um anjo.
É bom o humano em mim
E não me interessa.
Cuido de mais elevados,
Dispenso um rosto.
É um mundo, de onde venho,
Mensurado, profundo, claro.
O que me tem inteiro é,
Ao que parece, milagre.
No coração tenho a vila
De onde Deus me enviou.
O Anjo que o seu selo leva
Não sucumbe ao seu feitiço.
Está a postos minha asa,
Sou todo por voltar atrás:
Ainda que em tempo sem tempo,
Grande sorte não teria.
Meus olhos do mais negro, e pleno,
Meu olhar jamais vazio.
Sei o que venho anunciar,
Sei muitas coisas mais.
Sou não simbólica coisa.
Aquilo que sou significo.
Em vão tocas o sino mágico.
Não faço sentido.
(Gershom Scholem, "Gruß vom Angelus", 1921.
A propósito de Angelus Novus, de Paul Klee.
Tradução minha, do inglês.)
A propósito de Angelus Novus, de Paul Klee.
Tradução minha, do inglês.)