Vou selar uma nuvem
para cavalgar sobre as minhas montanhas,
se quiserem chuva, vou molhá-las com lágrimas.
Vou selar um cavalo
para sentir o sabor do vento
quando o amor espera por mim.
Vou selar um rio
para me levar para o mar,
e vou carregar navios às costas.
Vou selar uma árvore de fruta
para que não pene sem pássaros,
e as suas raízes penetrem mais a terra.
Vou selar um sonho
sem estribos nem rédeas,
para me levar até o amanhã.
Vou selar uma canção,
seu mestre e seu escravo - para cantar
sobre o movimento mesmo do ponto quieto.
(Tradução minha, a partir do inglês. Xhevahir Spahiu [n. 1945], "My travels")