mas não sabia que nascer louca,
abrir na terra torrões
pudesse soltar a tempestade.
Assim a delicada Prosérpina
vê chover sobre as ervas,
sobre o grado e gentil trigo
e chora sempre de noite.
Talvez seja a sua oração.
Alda Merini (de Vuoto d'amore, Einaudi, 1991)
Tradução, muito custosa, muito custosa: Ana Isabel Soares e Angela Gallus.