Sôbolo chão da rua que vai
pela cidade, me achei,
onde sentado chorei
as lembranças do meu mar,
de quanto nele me alegra.
O seco rio de meus olhos
correndo silente, vago,
deu tudo bem comparado:
o meu mar ao mal presente,
Lisboa ao tempo passado.
(Post editado, com versos do Cão do Vizinho António:
"Anda bem o Reboliço,
Nas décimas que aqui compõe;
Que nisto de estar enfermiço,
Em Lisboa o mal o põe,
Lá agora o é achado;
E em mar, no tempo passado...")