Manhã de Abril, passeio para lá da cidade,
os montes de vinhedos pendurados,
torres de igreja e fileiras de ciprestes.
Um pano de oliveiras em grossas pinceladas de verde prateado.
Nem a selvajaria de lavagens automáticas nem estaleiros de construção
molestam a raia enraivecida do subúrbio.
Apenas uma casa de pedra se aninha na quinta, por baixo de
telhas vermelho-recortadas em acentuada perspectiva.
Poderia ser um quadro renascentista,
onde num vale qualquer um descalço
pastor sentado guarda o rebanho e,
perto, passa um soldado de fato garrido.
Não é difícil crer que se está em 1553
e se olha para o mundo através de
uma janela; a direito, estrada abaixo
até onde alcança a vista, onde as linhas paralelas
convergem até um único ponto de fuga,
como se fosse o futuro.
Sue Hubbard
Tradução: AIS. O original está aqui.