Nos três anos em que esteve impedido de combater nos ringues (e com o título de campeão suspenso) por se recusar a combater os seus iguais no Vietname, Mohamed Ali ganhava a vida a dar palestras por universidades e escolas dos Estados Unidos. Começou titubeante, mau pregador, e veio ganhando experiência, confiança e retórica. Tinha o espírito, precisou de o esculpir. Uma fabulosa história de vida.
(O Reboliço nota que o senhor presidente Barack Obama, que é principalmente dono de dois cães de água e isso é só, sublinhou, referindo-se a Ali, que não era "poeta tão hábil ao microfone" quanto era "no ringue lutador" - mas ombreava, ainda assim, com o senhor Nelson Mandela e o senhor Martin Luther King por ter lutado para fazer do mundo um lugar mais justo, mais decente onde viver.)