terça-feira, 12 de abril de 2005

Açores 2 (15:10, 9 de Setembro de 2003)

....Acabei de falar ao telefone com o Gil, que não conheço. Tem uma voz muito simpática, e é verdade que os amigos abrem portas. Não sabia ainda se iria para o mar, esperava que lho dissessem. Ir para o mar. Sair para o mar. Ir mergulhar e ter de dormir cedo porque se vai mergulhar. Dito – escrito – assim, não parece fazer sentido. Quis escrever: os deuses foram benevolentes comigo. Benévolos? Viajo entre ilhas em dias de sol, quase nenhumas nuvens, e calor. 27º na Horta, 26º em Ponta Delgada. Um verdadeiro cenário turístico. Dormi horas e horas e horas.
....O Gil veio ter comigo ao café Lusa, frente à paragem de táxis da Horta, poucos minutos depois de falarmos e combinarmos o encontro, pouquíssimos minutos depois de eu ter chegado à cidade. Não é só a voz que é simpática, este amigo tem bom ar e, nos dias que passei na Horta fez de tudo para que eu me sentisse confortável e familiarizada com as pessoas e os sítios. No Faial guiei praticamente sempre o seu Twingo. Convivi com os seus amigos, conheci os sítios onde vive, onde trabalha, os cantos que frequenta, as pessoas com quem conversa. Fiquei com a ideia de que o Gil é uma espécie de instituição na Horta – todos o conhecem e o respeitam, e ele conhece e respeita todos. Conversa‑se com ele sobre qualquer tema, desde a literatura portuguesa (principalmente o teatro), passando pela sua especialidade, a biologia do mar, tudo o que tenha a ver com a vida. Foi um dos prémios da minha viagem, ter conhecido o Gil e a sua “trupe”.