Residência Lima, Horta, Faial
....Hoje visitei a cidade. Além das igrejas abandonadas ou em obras – a das Angústias, visivelmente vítima do último grande tremor de terra, em 1998, tem o nome mais apropriado. Mas até o observatório, em funcionamento, parecia abandonado, sem ninguém lá em cima, sem sequer um carro a denunciar uma presença escondida, tal a maneira como esse sentimento contamina todos os edifícios que não sejam casas de habitação ou lojas. Muito provavelmente, seria da hora (3 da tarde), mas o observatório estava fechado e vazio.
....A Horta vive acima de tudo da paisagem que a rodeia (Raul Brandão escrevia que o Faial só tem de bonito a vista para o Pico). Deve ser assim com todas as povoações desta ilha, que dispensam o atractivo do património arquitectónico em vista do turismo que a natureza lhes assegura. Nem a gastronomia é forte, embora se pague bem - ou ando com azar, e o certo é que a maioria dos restaurantes estava fechada para férias... Hoje comi carne de vaca assada. ....Acompanhada de batatas fritas (das congeladas, enfim...). O molho da carne era qualquer coisa com canela, e a consistência do bicho era tenrinha. O queijo da entrada, do Pico, era bom. Dos cinco trocinhos de carne comi três, o que, ainda assim, abona em favor do prato. Têm sido assim, estes dias: calmos, sem compromissos, com muito descanso pelo meio e pouquíssimo esforço. Tem‑me apetecido escrever mais mas, quando estou perto de caneta e papel, passa‑me a vontade, e não me obrigo.
.... Vou sair de novo. Dormitei quase uma hora. Chegou à residência um casal conversador – ou nem tanto, mas as janelas abertas, concupiscentes, ajudam à invasão de privacidades. Agora, um deles está a lavar os dentes. Será possível, só pelo som da água a correr e da escova, distinguir se é o homem ou a mulher? O tempo está abafado, uns 26º quase insuportáveis com a humidade. Mas o vento sopra forte. Vou até ao Peter’s.
....Hoje visitei a cidade. Além das igrejas abandonadas ou em obras – a das Angústias, visivelmente vítima do último grande tremor de terra, em 1998, tem o nome mais apropriado. Mas até o observatório, em funcionamento, parecia abandonado, sem ninguém lá em cima, sem sequer um carro a denunciar uma presença escondida, tal a maneira como esse sentimento contamina todos os edifícios que não sejam casas de habitação ou lojas. Muito provavelmente, seria da hora (3 da tarde), mas o observatório estava fechado e vazio.
....A Horta vive acima de tudo da paisagem que a rodeia (Raul Brandão escrevia que o Faial só tem de bonito a vista para o Pico). Deve ser assim com todas as povoações desta ilha, que dispensam o atractivo do património arquitectónico em vista do turismo que a natureza lhes assegura. Nem a gastronomia é forte, embora se pague bem - ou ando com azar, e o certo é que a maioria dos restaurantes estava fechada para férias... Hoje comi carne de vaca assada. ....Acompanhada de batatas fritas (das congeladas, enfim...). O molho da carne era qualquer coisa com canela, e a consistência do bicho era tenrinha. O queijo da entrada, do Pico, era bom. Dos cinco trocinhos de carne comi três, o que, ainda assim, abona em favor do prato. Têm sido assim, estes dias: calmos, sem compromissos, com muito descanso pelo meio e pouquíssimo esforço. Tem‑me apetecido escrever mais mas, quando estou perto de caneta e papel, passa‑me a vontade, e não me obrigo.
.... Vou sair de novo. Dormitei quase uma hora. Chegou à residência um casal conversador – ou nem tanto, mas as janelas abertas, concupiscentes, ajudam à invasão de privacidades. Agora, um deles está a lavar os dentes. Será possível, só pelo som da água a correr e da escova, distinguir se é o homem ou a mulher? O tempo está abafado, uns 26º quase insuportáveis com a humidade. Mas o vento sopra forte. Vou até ao Peter’s.