Como aqui vou escrevendo cartas para mim (sendo que "mim", neste contexto quase majestático, significa "eu, a minha família de sangue mais a minha família de eleição; e, como a rede é livre, em última análise todos aqueles que o destino ditar"), deixo alguns auxiliares de memória: Les Inrockuptibles, Film Comment, Magazine Littéraire, Zero, Vice Magazine. Até ao mês passado, também incluiria a Premiere francesa - desde o final dos 80 que a lia e a colecção de exemplares já mal me cabe em casa; desgraçadamente para o meu entretenimento mensal e para a satisfação do meu pendor coleccionista, mas felizmente para a minha carteira e para as estantes lá de casa, a revista deixou de oferecer as oito fichinhas sobre filmes. Uma vez que, de há uns dez anos para cá, as fichinhas eram praticamente a única coisa na revista que me fazia gastar dinheiro nela, acabou-se! Nem mais um tostão para crítica banal de filmes mainstream. Os que me estão próximos sabem que isto é um marco histórico na vida do Reboliço.
Quanto à MELHOR REVISTA DO PLANETA, só pode ser encontrada em edição de papel, numa daquelas livrarias que só vende boa leitura. Por isso (chuif, chuif...), não posso linkar. A Em Cena é de folhas imprimidas, papel bom e colorido, letras quase tácteis. Mesmo assim, um universo.