Uma amiga trabalha no projecto de recolher imagens (na pintura de todo o mundo) do acto da leitura. Alguns dos temas em que organiza o que vai encontrando: "mulheres leitores: interiores/exteriores; leitura solitária; leitura para outro(s), etc etc". Acrescento eu, sem saber: leitores representados de costas. Continuo com esta fixação, desde que assisti na Gulbenkian a um colóquio sobre esse tema inusitado que é a representação do ser humano de costas, na pintura, no teatro, na dança. Lembro-me de conclusões empolgantes sobre o assunto; mas, acima de tudo, ficou-me a ideia de que encontrar um vértice concreto, uma ideia condutora de outras ideias para analisar a arte, é muito mais entusiasmante do que eternamente buscar (e raras vezes conseguir) os "universais", os "aparelhos teóricos mais vastos". Gumbrecht também viria a ser culpado deste meu pendor.
Diz a minha amiga que este trabalho de recolha e dispositio é fascinante. Acredito. Se alguém aí fora souber de imagens destas, diga aqui ao Reboliço. Fáxavor...
Diz a minha amiga que este trabalho de recolha e dispositio é fascinante. Acredito. Se alguém aí fora souber de imagens destas, diga aqui ao Reboliço. Fáxavor...