quarta-feira, 11 de janeiro de 2006

As luzes da cidade

É de manhãzinha e o Reboliço põe-se à janela. De rabo no chão e as patas da frente erguidas, esticadas. Arrebita as orelhas e levanta o focinho para a frente, para a cidade. Fica entre a cortina e o vidro da varanda. Fecha os olhos e deixa-se estar assim, com o sol a dar-lhe nos olhos fechados e no corpo todo. Quando os abre, vê o reflexo do sol da cortina no vidro tingir toda a cidade de fiozinhos reluzentes. A ria, a estrada, as pessoas, os carros. Lembra-se da vida do sol.