O que teve de espantoso esta passagem breve por NY foi a cidade estar como às vezes nem na Primavera: temperaturas acima dos 16 graus, céu azul com algumas nuvens só a enfeitar, uma alegria nas ruas. Pode-se entrar nos restaurantes e deixar a porta aberta, não ficam as cadeiras atafulhadas de casacos, luvas, cachecóis, gorros e outros aquecedores da época, cruza-se a gente com joggers de calções e manguinha à cava e as flores dos canteiros* são visíveis em todas as cores, já não só no branco da neve ou no cinzento das geadas. É uma cidade linda e estranha, assim. Em mim, reforça ainda mais a ideia de que passarei este interregno na terra dos Munchkins. Quando regressar ao meu Kansas, será como acordar de novo para a vida.
(*Só está disponível por subscrição, mas a edição deste fim-de-semana do Wall Street Journal traz um artigo de Bart Ziegler sobre "Climate-Change Gardening", que é como quem diz "Jardinagem para os alterados tempos que já cá estão".)