terça-feira, 21 de outubro de 2008

Charlotte,

Fique escrito que me senti sensibilizado - tanto quanto pode um cão sentir-se, e sensibilizado - com o destaque que mereceram as Cartas no seu sítio.

Volte sempre. Grato,
Reboliço.

(Aqui no Moinho, a única bomba que existe é a de água, a que o motor fazia trabalhar com um troque-troque ensurdecedor no cavo subterrâneo do socalco, depois de se dar a uma manivela gigantesca que parecia arrancar os braços aos homens, da força que lhes exigia. Era quando o poço quase secava e tinha que se puxar mais água de lá de onde ela havia, uns anos mais outros menos. Hoje já não funciona o motor, porque já não é preciso. Liga-se um botanito e aquilo é tudo eléctrico. A bomba, o motor, o poço, a água, ainda está tudo lá; mas é como se bomba e motor tivessem ido de férias e tivessem escolhido para as passar o lugar de onde nunca tinham saído. Agora estão lá por escolha, já não por necessidade. Veja a Charlotte no que me pôs a pensar...)