quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

O Bem-Amado

Quando o sol da manhã vem nos dizer
Que o dia que vem pode trazer
O remédio p'ra nossa ferida
Abre o meu coração.

Quando o vento da noite vem lembrar
Que a morte está sempre a esperar
Em um canto qualquer desta vida
Quer queira quer não.

(O ritmo a que o tamanho dos versos se reduz é contrário ao ritmo que a música vai ganhando nesta cantiga de som magnífico que abria O Bem-Amado. E a ideia de o título no genérico ser um cadáver estendido é igualmente excelente.)