O Reboliço adormeceu embalado pelo miar persistente de um gato na rua. Malditas janelas empenadas. O ar claro e húmido ajudava a propagar os ruídos todos, mas a noite estava para se dormir e assim foi, como é sempre. De manhã chegaram para o despertar outros barulhos: os bons dias de quem abre as lojas, as tesouras de podar já a tlic-tlaquearem no jardim público, o chilreio dos pardais e um ou outro canto mais agudo das gaivotas. Como se fosse este amanhecer sobre a planície, de nuvens caçadas já há quase quatro anos.
(Foto: Michel Subrenat-Auger,
a terra, o céu e os raios de sol em
Vila Nova de São Bento. Outubro de 2005)
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a terra, o céu e os raios de sol em
Vila Nova de São Bento. Outubro de 2005)