terça-feira, 4 de agosto de 2009

Alforrecas

Medusas, caravelas, gelatinas, o que seja. O Reboliço chegava à praia e aqueles bichos não o amedrontavam. Às vezes estavam na areira, como mortas, transparentes e repulsivas; outras, viam-se dentro de água, mal se viam, da transparência, mas aí não tinham um aspecto tão intimidante. Se roçava nelas, vinha a comichão. Mas o que é que um cão sabe fazer melhor, se não for coçar-se?
Lembrou-se hoje das alforrecas a propósito de um artigo sobre arquitectura para animais - ou melhor, arquitectura dos lugares onde os homens metem os animais que querem ver em segurança. Lembrou-se, no momento em que encerram uma parte lindíssima do zoológico do Bronx, que tinha lá estado e gostado de estar, há uns quinze anos. Esta casota, agora, é muito bonita - já viste, Charlotte?