terça-feira, 2 de agosto de 2011

O Reboliço é um nefelibata (54)


(Fotos do final da tarde de ontem, para poente - onde o sol se põe - e para nascente - onde nasce nos vidros dos prédios -, desde a janela da cozinha: Reboliço, em rebuliço. O Reboliço sai, vai para fora de casa, mas leva nas narinas o cheiro da resina dos pinheiros no final da tarde, o silêncio que os pardais e os andorinhões interrompem a acoitar-se, as pilhas de livros à sua frente, com espaço para estarem cada uma no seu canto da sala, o vento que varre a casa, o chão de madeira e a lonjura que vê da janela - coisas que se agarram à pele como a resina, de persistência perfumada.)