....Paro no farol do Giraz, frente a S. Mateus. Andar sobre as pedras de lava faz um barulho estranho. As cores também são curiosas. Apanho três pedras pequenas: uma encarnada‑alaranjada, uma encarnada‑rosada‑acinzentada e outra cinzento‑esverdeada, todas com estrias de lava e pontiagudas. Todas estranhamente leves. A estradinha para aqui passa entre as famosas vinhas do Pico, plantadas dentro de cubículos em pedra de lava para se protegerem do ar salgado e do vento: preto e verde, verde e negro. Parei uns 100m ao lado do farol, perto de uma estrutura em pedra que se parece com um moinho (ou a sua ruína) mas que pode ter sido só a base sólida de um pequeno antigo farol, por exemplo. Há argolas de ferro a toda a roda, metidas pelas pedras, cinco pelo menos, e outra no chão. Todas estão ferrugentas. Mas não se vê qualquer abertura. A cantaria de topo tanto pode ser base para um telhado como remate de uma espécie de pedestal do moinho. Só uma face mais cimentada, que dá para o mar, pode indicar uma antiga porta, mas não é certo. Terá uns 2,5m de altura, um perímetro de 7 ou 8m e no topo, a meio, o resto de um mastro de madeira – encaixe de quê?