No caminho da aldeia para o moinho, via-se a lua. Galgara havia pouco o horizonte e era vermelha, um salpico de sangue mal espalhado nas costas de uma mão. Mais adiante na estrada, desavermelhara e subira. Uma nuvem cobria-lhe o topo. “Está mais amarela agora.” “Pois a lua é como os olhos do Sorna”, disse o pai. “Logo quando acorda, tem os olhos muito vermelhos. É uma espécie de Sorna, a lua.” Chegados ao moinho, já ela se levantava acima da torre do castelo, à sua esquerda. A nuvem, afinal, era o minguante a começar já a dentar-lhe a coroa.