quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Entrada de diário

É dia 13 de outubro, ia escrever o Reboliço, com consciência forte de ser agosto, de estar calor, de ser Verão. Mas a palavra seria outubro, é como é. Nada no que o levava a escrever teria relação com o que o faz andar, uma patinha à frente da outra, quando não se trocam e o empurram para o chão. Ia escrever que é 13 de outubro, que muitos dias já o separavam do que tinha escrito em último, mais recente lugar, mas não é outubro e não há tantos dias assim que escreveu. Faltou foi dizer tudo o que sucedeu entre o que por mais recente publicou nas Cartas e o que agora quer descrever. Um pássaro nasceu, dentro da gaiola onde habita, penado de branco, com o pai canário e mãe canária (na varanda da casa, porém, mora encostado ao muro um ovo de tamanho médio, será de pombo de rua, enjeitado por algum que ali o deixou; nem uma fenda possui e está sobre chão rijo, encostado a rijo muro). Isto foi o que sucedeu: nasceu um pássaro e houve quatro - três que seriam canários e um que talvez pombo - os quais não.