Mostrar mensagens com a etiqueta O que ouvi. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta O que ouvi. Mostrar todas as mensagens

quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

No vermelho

O Reboliço continua no vermelho (natalino, se calhar), enquanto relê um dos primeiros livros que comprou com dinheiro seu, há mais de trinta anos, numa livraria de Faro que já não há quase há tanto tempo.




Na última página, não numerada, da introdução - sem indicação de autor -, remete-se para outra escrita ainda:


quinta-feira, 30 de junho de 2016

"The essential is not inaudible"

O Reboliço escuta, no programa que o Robert Harrison gravou neste solstício passado, a voz de Inga Pierson a falar, autorizada, sobre o livro Frankenstein, escrito há 200 anos por Mary Shelley e publicado pela primeira vez em 1818.
(O podcast do programa está aqui - o episódio sobre Frankenstein é o primeiro da lista, com a data de 29/06/2016)

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Hino mundial contra a violência doméstica (ou "Jamé, mané!")

O Reboliço escuta a voz madura, gutural, e pensa na energia jovem que sai dela. Salvé, Elza!

Cadê meu celular?
Eu vou ligar prum oito zero
Vou entregar teu nome
E explicar meu endereço
Aqui você não entra mais
Eu digo que não te conheço
E jogo água fervendo
Se você se aventurar

Eu corro solto o cachorro
E, apontando pra você
Eu grito: péguix guix guix guix
Eu quero ver
Você pular, você correr
Na frente dos vizinhos
Cê vai se arrepender de levantar
A mão pra mim

Cadê meu celular?
Eu vou ligar prum oito zero
Vou entregar teu nome
E explicar meu endereço
Aqui você não entra mais
Eu digo que não te conheço
E jogo água fervendo
Se você se aventurar

Eu corro solto o cachorro
E, apontando pra você
Eu grito: péguix guix guix guix
Eu quero ver
Você pular, você correr
Na frente dos vizinhos
Cê vai se arrepender de levantar
A mão pra mim

E quando o samango chegar
Eu mostro o roxo no meu braço
Entrego teu baralho
Teu bloco de pule
Teu dado chumbado
Ponho água no bule
Passo e ofereço um cafezim
Cê vai se arrepender de levantar a mão pra mim

Cadê meu celular?
Eu vou ligar prum oito zero
Vou entregar teu nome
E explicar meu endereço
Aqui você não entra mais
Eu digo que não te conheço
E jogo água fervendo
Se você se aventurar

Eu corro solto o cachorro
E, apontando pra você
Eu grito: péguix guix guix guix
Eu quero ver
Você pular, você correr
Na frente dos vizinhos
Cê vai se arrepender de levantar
A mão pra mim

E quando tua mãe ligar
Eu capricho no esculacho
Digo que é mimado
Que é cheio de dengo
Mal acostumado
Tem nada no quengo
Deita, vira e dorme rapidim
Você vai se arrepender de levantar a mão pra mim

Cê vai se arrepender de levantar a mão pra mim
Cê vai se arrepender de levantar a mão pra mim
Cê vai se arrepender de levantar a mão pra mim
Cê vai se arrepender de levantar a mão pra mim

Mão, cheia de dedo
Dedo, cheio de unha suja
E pra cima de mim? Pra cima de muá? Jamé, mané!

Cê vai se arrepender de levantar a mão pra mim

quinta-feira, 23 de julho de 2015

"Mise-au-point"

Casada a rica prima com seu Zé (e amadrinhada!), terminado mais um dos muitos trabalhos de casa, coçado o pêlo do lombo e contemplada a formosa Ria, senta-se o Reboliço a ouvir sobre como se deve dar nome aos gatos.

terça-feira, 26 de maio de 2015

"Arrodeado de flôr"

O Reboliço se gosta de ouvir as vozes dos escritores!

quinta-feira, 31 de julho de 2014

O privilégio da simpatia

O Reboliço encanta-se quando alguém cuida do falar. "Fui passear com a minha esposa e um casal amigo. Fizemos, durante dois dias, o Roteiro do Românico. Foi uma viagem muito gratificante - mas o melhor de tudo foi o privilégio da simpatia das pessoas que nos receberam." Assim de simples, assim de certo, dito com o vagar de quem ainda goza o passeio. Fá-lo ter vontade de sair pelas Rotas do Românico desses mundos, a sentir-se privilegiado.

segunda-feira, 12 de maio de 2014

(Ra-mil versos)

SAPATOS EM COPACABANA

Caminharei os meus sapatos em Copacabana
Atrás de livro algum pra ler no fim de semana
Exercitar aquela velha ótica sartreana
Vendo o maxixe falso da falsa loira falsa bacana

O mendigo ensaia o passo lento um carro avança

Sei que não tenho idade
Sei que não tenho nome
Só minha juventude
O que não é nada mal

(escreverei os meus sapatos na tua idéia
escreverei os meus sapatos na tua postura
escreverei os meus sapatos na tua cara
escreverei os meus sapatos no teu verbo
escreverei os meus sapatos nos teus
Copacabana)

Regressarei os meus sapatos por Copacabana
Na mão direita o sangue de uma história italiana
Escorregar um tango numa casca de banana
Quando cair só vou lembrar da tua risada sacana

O polícia esquece a mão suspensa um carro avança

Sei que não tenho idade
Sei que não tenho nome
Só minha juventude
O que não é nada mal

(as negras pupilas do verso dilatam)
(os automóveis jorram de um piano)
(as negras pupilas do verso dilatam)
(os automóveis jorram de um piano)

(Vítor Ramil, Foi No Mês Passado, 2013.
Obrigada, Tom.)

sexta-feira, 25 de abril de 2014

(Post dedicado)

Ó erva cidreira,
Que – estás no alpendre,
Quan – to mais se rega,

Mai' – z'a folha pende.

Mais a folha pende,
Mai' – z'a rosa cheira,
Que – estás no alpendre,
Ó – erva cidreira.